domingo, 19 de fevereiro de 2012

Independência - Campanha contra o Crack

FINALMENTE!! Foram essas as palavras que extrapolaram da minha boca quando vi a propaganda "Independência" do governo federal para o combate ao crack!

As campanhas "apelativas", mostrando o lado ruim da droga, pessoas mutiladas, mostrando as perdas, dentre diversas outras coisas julgo não terem tanto efeito a não ser chocar. Ok. O choque as vezes é necessário, mas os resultados visivelmente não estavam sendo satisfatórios.

Dentre diversos outros pontos, gostaria de destacar apenas alguns como motivos do insucesso:

01) Usuário de drogas entra no mundo por diversos motivos, dentre eles o risco, a fuga, a rebeldia e o querer chamar a atenção são bastante expressivos.
02) O usuário do crack, em sua maioria, são pessoas que tem pouco a perder... Inclusive, para ele, a vida pode valer muito pouco.
03) As campanhas não mexiam com valores fortes para os jovens, como a vontade de ser independente, o sonho de "ser alguém" (que muitas vezes é mutilado pela falta de oportunidade/preconceito).

Esses são apenas 3 pontos.

Agora, essa campanha eu tenho que bater palmas. Primeiramente pelo "tipo" de propaganda. Quando você começa a assistir, mais parece uma propaganda de faculdade, não? (foi só eu que tive essa impressão?) Isso gera um elemento surpresa, quebrando a barreira do usuário que pode estar de saco cheio das campanhas. O público, visivelmente, é de classe menos favorecida e os elementos da propaganda são voltados para ele. Para fechar o cerco, todo jovem sonha em ser independente, não querer dar satisfação, ser diferente... Quer entrar numa faculdade, ter oportunidades (elementos que chamam atenção)...

Enfim, vejam o comercial "Independência" elaborado pelo pessoal da Propeg para a campanha em combate ao crack.





Um comentário:

  1. adorei o conceito da campanha, realmente foge da mesmice e traz uma perspectiva diferente ao target. Porém, não aprovo apenas por um aspecto, à menção da palavra mané voltada aos usuários de crack, porque incentiva a marginalização destes para com a sociedade, e as pessoas procurarão se afastar dos viciados deixando-os sem nenhuma ajuda da própria sociedade. Isso tudo pode ser verificado na questão de estereótipo abordada pelo livro Teoria da Comunicação de Sá Martino.

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