Os números da campanha, segundo dados extraídos pelo site Exame no dia 05/08, mostram o poder viral dos Pôneis Malditos desperdiçado pela Nissan.
A Nissan, ao invés de aproveitar a oportunidade de procurar criar um relacionamento com seu consumidor, VIROU AS COSTAS para a conversa ao deixar as coisas acontecerem sem se manifestar. A Nissan perdeu a oportunidade de aumentar sua influência e impacto na internet.
"Mas Fernando, e esse impacto causado pelos Pôneis Malditos?"
O "fenômeno" da maldição do Pônei foi PURA CAGADA, em todos os sentidos... Cagada por ter dado certo numa ação que foi "plantada" corretamente mas não foi "regada". O pônei maldito foi concebido e não foi alimentado. Planejaram a ação para o Offline e "mais ou menos" para o Online, e foi exatamente o planejamento offline que gerou esse barulho todo no online, mostrando o que eu venho dizendo a algum tempo: "Campanhas de marcas devem ter suporte de todos os meios" e "meio online e offline são um só".
Sabe onde está a prova que eles pensaram "offline" no "online"? Na explicação do vice-presidente de Operações da Lew’Lara/TBWA, agência responsável pela criação, que fala de mídia expontânea, mas sem acompanhamento. Fala do que o público sente falta, age onde esse público sente falta, mas deixa a desejar o que o público mais sente falta e que os meios digitais podem suprir: "a falta de interação com as marcas".
Quem é a Nissan, sob essa ótica?
Uma empresa que se diz inovadora, que observa os desejos do público, mas puramente para saber as fragilidades do mesmo e atuar em cima delas. Uma empresa que não quer relacionamento, quer vendas! Uma empresa "fria e calculista", oportunista! (#prontofalei)
Essa é a impressão que passa... Até porque, a Nissan e a agência tem vários processos no Conar e, por conta disso, lança suas campanhas na sexta-feira pois a possibilidade de tê-las retirada do ar é grande. A campanha Pôneis Malditos será investigada pelo Conar também. Então, pra que investir tempo se pode ter tudo retirado? Faz o barulho, deixa ele espalhar, deixa o público fazer perfis no Twitter, criar comunidades no Orkut, baixar o vídeo para fazerem mashups como os remixes criados para os Pôneis Malditos pois, caso sejam punidos, a campanha continua na "boca da galera" sem a cumplicidade da empresa. "Nós retiramos, mas o público espalha. Temos nada a ver com isso".
Gosto das campanhas da Nissan. Adoro campanhas provocativas e "pirracentas". Sempre achei que falta amadurecimento para isso aqui no Brasil e a Nissan está quebrando isso. Gosto muito da ousadia da Lew’Lara/TBWA em parceria com a Nissan. O que eu citei anteriormente neste texto é um ponto de vista que pode ser tomado como verdade caso a Nissan não tome o devido cuidado. São "buracos" que podem se tornar bastante profundos. O meio digital está "acostumando mal" o consumidor e este está cada vez mais atento e empresas que não estiverem prontas para o relacionamento vão ter sua credibilidade e poder de influenciar minados.
No post de acompanhamento da campanha eu citei várias oportunidades perdidas. A campanha trouxe um retorno bom sim! Mas penso que foi como "ganhar 50milhões na mega sena e só querer resgatar 1 milhão por achar 50milhões demais". Você vai perder dinheiro. A Nissan perdeu dinheiro nesse sentido. Deixaram escapar entre os dedos uma oportunidade fantástica de relacionamento. Para a próxima campanha, resta fazer outro barulho para ver se pega, coisa que se ele tivesse trabalhado o relacionamento seria bem mais fácil! :)
Essa é a minha opinião, e a sua?
Para descontrair, vou deixar aqui 2 "remixes" para diversão! :D
Pôneis Malditos x Morre Diabo
Ponei Maldito Oficial Remix Like a G6
[UpDate 08 de agosto] - Jobs Malditos
Nãaaaaao, velho!!! Eu precisei fazer essa atualização para incluir esse vídeo! Principalmente por praticamente todos que trabalham com publicidade já terem passado por algo parecido. Peça reprovada, refazer em prazo record (e desumano) e olharem para sua cara e dizerem: "Te fuede"! KKkkKkkK
Vamos aguardar os próximos, né? Esse foi o primeiro muito bem feito que vi... Os demais, apesar de engraçados, foram meio "a facão".
Jobs Malditos
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